HOMENAGEM A VERA LUCIA DE FREITAS PERDOMO
Ao ouvirmos a palavra japonesa “Hajimê”,
imediatamente, realizamos que algum tipo de enfrentamento está ocorrendo sobre
tatames.
Seja treinamento ou competição sabemos que 02
(dois) oponentes estarão utilizando todo o aprendizado acumulado em anos, às
vezes, décadas de dedicação ao Judô, objetivando a obtenção de uma vitória.
Rápidos movimentos antecedendo a aplicação de eficientes
técnicas, sejam projeções (tachi-waza) ou luta no solo (katame-waza) irão preencher
todo o tempo do enfrentamento até que surja um vencedor.
Embora os olhos dos espectadores estejam sempre
dirigidos para os 02 (dois) contedores, o combate em si representa uma pequena
parcela de um todo que reúne um grande elenco de colaboradores operando na retaguarda, dentre eles qualificados
industriais, alguns, verdadeiros artesãos, que produzem vestimentas resistentes
a puxões executados através de movimentos bruscos e com utilização de muita força,
ao atrito com a lona que recobre áreas de luta, e ainda assim, possuidoras de aeração
suficiente para permitir que os combatentes possam prosseguir lutando por longos
espaços de tempo.
Interrompo, neste momento, as considerações acima
para apresentar a vocês uma grande aliada e parceira de todos nós praticantes
de esportes de luta no estado do Rio de Janeiro, no Brasil e no exterior.
Trata-se da senhora Vera Lucia de Freitas
Perdomo, conhecida no cenário nacional, simplesmente, como “Verinha”.
Conheci esta grande figura humana a
partir de 03/08/1967 na Academia de Judô Augusto Cordeiro então localizada à
Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 690/13º andar, Bairro Copacabana, Rio de
Janeiro, onde atuava como secretária e também gerente administrativa da marca de
Kimonos TIGRE, nela permanecendo até 30/04/1987.
Guerreira que jamais aceitou
qualquer revés prosseguiu sua caminhada e já no mês seguinte (maio/1987)
encontrava-se na estrada colocando seus serviços em prol do desenvolvimento da
indústria de Kimonos TORAH (Rua Tenente Coronel Moniz Aragão 897, Bairro
Jacarepaguá, Rio de Janeiro) onde trabalhou até maio/1998.
Queridíssima entre mestres, professores
e atletas de todo o país, decidiu, em 18/07/1998, que era chegada a hora de
canalizar a grande experiência industrial e comercial que possuía para um
empreendimento em que detivesse sua marca e respectivo controle societário.
Com o decisivo apoio das 02 (duas)
filhas, Monique e Carla, e dos inúmeros amigos conquistados ao longo de sua estrada
da vida vivenciando o “suave caminho”,
dentre eles os respeitados dirigentes e professores Ney Wilson Pereira da Silva
e Francisco Grosso, constituiu uma empresa
familiar denominada SEISHIN voltada para a confecção de kimonos, faixas,
mochilas, bolsas esportivas e emblemas.
Verinha como faz questão de ser
chamada convidou o Professor Petrucio de Queiroz Monteiro e a mim para
visitá-la em sua firma.
Após nos encontrar na recepção, levou-nos à seção de bordados, ocasião em que apontando para a máquina que produzia símbolos da empresa afirmou emocionada: cada um deles contém um pouco de minha vida profissional.
Após, nos dirigimos à linha de montagem onde
tivemos a oportunidade de ouvir suas explanações sobre os produtos que fabrica,
como também conversar com suas bem-humoradas funcionárias.
Comprovamos
que Verinha & Filhas colocam, verdadeiramente, “a mão na massa”.
Ficamos tão encantados com tudo que vimos e
constatamos naquele local que nos permitimos firmar uma mensagem acompanhada de
uma foto-montagem em homenagem àquele grupo composto de valorosas trabalhadores:
“Verinha,
os sonhos existem para serem realizados. Parabéns e até às Olimpíadas Rio-2016” .
Autor:
Augusto Acioli de Oliveira
Meus parabéns pela bela matéria sobre essa mulher nota 1000, conheci a Dona Vera tbm na época dos Kimonos Tigre e acompanhei sua saída da marca e a criação da Seishin, uma pessoa agradável e amiga, tenho um grande carinho por ela, a Carla e a Monique. Osss!!!!!
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