quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

LUIZ ALBERTO GAMA DE MENDONÇA

Estimados Companheiros dos Tatames,

A missa de 07º dia de nosso amigo Luiz Alberto Gama de Mendonça será realizada no dia 01º/02/2014, sábado, às 08h00, na Paróquia de Nossa Senhora de Copacabana, sita à Rua Hilário de Gouveia nº 36, Bairro Copacabana, Cidade do Rio de Janeiro.

  Vitória por Ippon, Campeonato Carioca, Clube de Regatas do Flamengo, Rio

Jamais esqueceremos seus feitos bem representando o Judô, em todas as competições que participou, com destaque para aquelas realizadas no exterior, oportunidades em que obteve diversos títulos, dentre eles o de haver sido o primeiro brasileiro tricampeão pan-americano em categoria individual.

Mesmo afastado dos treinamentos, seu amor e dedicação ao esporte fundado pelo Mestre Jigoro Kano foi materializado através de diversas iniciativas, culminando com um benemérito projeto educacional denominado “Associação de Judô Malacacheta”, com sede no Morro do Alemão, na Cidade do Rio de Janeiro e dirigido pela professora Silvana Nagai, ex-atleta da seleção nacional.

O endereço
http://judoclubejuventude.blogspot.com.br/2012/09/o-judo-brasileiro-possui-mestres-herois_13.html contando um pouco de sua história, bem como as fotos apresentando a sede da entidade e o primeiro contingente de praticantes graduados através de exame de faixas procuram relembrar um grande desportista que partiu antes de nós.



Autor: Augusto Acioli de Oliveira

domingo, 11 de novembro de 2012

IIIº CAMPEONATO MUNDIAL DE JUDÔ


        PARIS - FRANÇA (02/12/1961)


Neste que é considerado o mais importante mundial de judô de todos os tempos, assistiu-se a um momento histórico que significou o fim da absoluta hegemonia nipônica, nos tatames, com a vitória do holandês Antonius Johannes Geesink (Utrecht, 6 de abril de 1934 - 27 de agosto de 2010).

O Japão - por temer um insucesso naquele evento - selecionou os seus melhores lutadores para enfrentar aquela promessa européia que já os vinha surpreendendo há algum tempo, inclusive, em seus próprios campeonatos nacionais, eventos em que o judoca holandês participava na qualidade de competidor convidado.

A vitória de Geesink, um lutador não japonês, em Paris, derrotando, sucessivamente, os mais qualificados atletas que haviam sido recrutados, naquele país, especificamente, com a missão de suplantar qualquer adversário ocidental que surgisse, pelo caminho, na disputa da classe OPEN (conhecida no Brasil como Absoluto), até então o único título em jogo em campeonatos mundiais, decretou a definitiva implantação - já a partir das Olimpíadas de Tóquio (1964) e do IVº Mundial de Judô realizado na Cidade do Rio de Janeiro (1965) - de outras 03 (três) novas categorias, a saber: Leve (até 68 quilos), Médio (até 80 kilos) e Pesado (+ 80 Kilos). 

Para assistirem aos vídeos das 02 (duas) últimas lutas de Anton Gessink naquela inesquecível competição, basta clicarem nos atalhos, a seguir.

O primeiro, apresenta a semifinal Anton Geesink (Holanda) x Hitoshi Koga (Japão)

O segundo, a luta final entre Anton Geesink (Holanda) x Koji Sone (Japão)

Relembrem, meditem e avaliem o que significaram os resultados das lutas acima mencionadas, em relação à extraordinária evolução do judô mundial verificada a partir de então.

Daí afirmar, com absoluta convicção, ser devida a Anton Geesink a consolidação da imagem do judô como cultura universal e esporte olímpico. 


Autor: Augusto Acioli de Oliveira
Judô Clube Juventude (1964-1971)
3º Dan diplomado pelo prof. Fuyuo Oide da Associação Lapa-Budokan em 25/05/1969
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ & SEU PROJETO OLIMPÍADAS 2016




A Confederação Brasileira de Judô-CBJ focando 2016, promoveu no dia 08/11/2012, um novo  treino dirigido pela profª Yuko Nakano, 30 anos, nascida no Japão e atual assistente técnica da seleção nacional.

Assistente técnica Yuko Nakano

O Encontro de um dos grupos de nossos atletas de alto rendimento e a conceituada professora ocorreu na sede da CBJ (Aeroporto Internacional Galeão - Maestro Tom Jobim, 3º andar, Rio de Janeiro), em seu Centro de Treinamento.


O Diretor Técnico da CBJ Prof. Kodansha Ney Wilson Pereira da Silva informou que a iniciativa da entidade em trazer, ao Brasil, qualificados mestres aptos a executar treinamentos de especialização, procura ampliar o universo de desportistas nacionais a ser beneficiado com tais intercâmbios, tendo como alvo todo o calendário de competições a partir de 2013 até os Jogos Olímpicos 2016, onde estarão em disputa 14 (quatorze) cobiçadas medalhas de ouro referentes a igual número de categorias em disputa.


A foto, a seguir, produzida após o concorrido treino apresenta o atleta de nossa seleção principal, David Moura (categoria acima de 90 Kg) e seu tio, o estimado professor e diversas vezes campeão brasileiro, panamericano, além de  ex-atleta olímpico, Prof. Luiz Virgílio Castro de Moura.


Autor: Augusto Acioli de Oliveira
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

“AS GUERREIRAS DO JUDÔ BRASILEIRO”



O desporto feminino nacional ganhou, no dia 27/10/2012, um novo rosto: “As Guerreiras do Judô Brasileiro”.

Nesse quadro evolutivo é importante reconhecer que o Voleibol de quadra e de areia saíram na frente, porém, agora, é o  Judô feminino que dá seqüência a essa epopéia, através de um bem elaborado programa de treinamentos, intercâmbios técnicos com os principais centros mundiais, participação assegurada nos eventos do calendário internacional, pré-seleção de um grupo de judocas de alto rendimento, estabelecimento e perseguição de metas, obtenção de verbas governamentais, patrocínios, apoios institucionais e uma comissão técnica altamente qualificada.

Finalmente, após décadas de desinteresse institucional para com os nossos representantes esportivos, que inúmeras vezes sequer obtinham equipamentos próprios para treinar, até mesmo simples sapatilhas para competirem em prova olímpica de salto em altura (1964), patrocinadores (pessoas físicas e jurídicas) saíram na frente dando um alento ao esporte nacional de competição.

Aproveito esta oportunidade para relembrar alguns nomes de pioneiros da iniciativa privada que,  por possuírem uma visão cidadã e mercadológica muito acima de seu tempo, perpetuaram seus nomes na história do esporte nacional: refiro-me, especificamente, ao empresário Antonio Carlos de Almeida Braga, o conhecido e estimado “Braguinha” e à Companhia Atlântica-Boavista de Seguros.

A partir daí, progressivamente, inúmeras empresas perceberam a exposição e a representatividade internacional que lhes passou a ser conferida a cada pódio alcançado por seus patrocinados, com direito às seguidas ascensões do pavilhão nacional e às execuções do hino pátrio.

Sábado, dia 27/10/2012, durante o Campeonato Mundial por Equipes Sênior, a seleção brasileira feminina de judô trouxe um novo motivo de comemoração ao classificar-se em 3º lugar (medalha de bronze).
A equipe do BRASIL composta por Sarah Menezes (52kg), Érika Miranda (52kg), Ketleyn Quadros (57kg), Flávia Gomes (57kg), Rafaela Silva (63kg), Katherine Campos (63kg), Maria Portela (70kg), Nádia Merli (70kg), Maria Suelen Altheman (+70kg) e Rochele Nunes (+70kg) obteve uma colocação jamais alcançada, nesta modalidade, dominada por atletas asiáticas e européias.
A seleção brasileira feminina de judô iniciou sua participação no evento derrotando a equipe do México por 5x0.
Em seguida, na disputa pelas quartas-de-final, o adversário enfrentado foi a poderosa equipe japonesa, que teve muita dificuldade em nos superar, conforme pode ser constatado pelo apertado placar de 3 a 2.
Eliminadas na disputa do título da categoria passaram a competir pelo 3º lugar, ocasião em que enfrentaram e venceram a valente Seleção da Turquia por 3x2.
A medalha de bronze foi obtida após a equipe derrotar a Mongólia por 5x0 com vitórias de Érika Miranda (52kg), Ketleyn Quadros (57kg), Rafaela Silva (63kg), Maria Portela (70kg) e Maria Suelen Altheman (+70kg). 
Algumas Guerreiras do Judô Brasileiro








Confederação Brasileira de Judô
Diretor Técnico Prof. Ney Wilson Pereira da Silva


Técnica da Seleção Profª Rosicléia Campos


Autor: Augusto Acioli de Oliveira
Judô Clube Juventude (1964-1971)
3º Dan diplomado pelo prof. Fuyuo Oide da Associação Lapa-Budokan em 25/05/1969
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Portal da Confederação Brasileira de Judô
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Judôrio - Site Oficial da FJERJ
Prof. Francisco Arroio
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SÉRIE AMIGOS DO JUDÔ


HOMENAGEM A VERA LUCIA DE FREITAS PERDOMO



Ao ouvirmos a palavra japonesa “Hajimê”, imediatamente, realizamos que algum tipo de enfrentamento está ocorrendo sobre tatames.

Seja treinamento ou competição sabemos que 02 (dois) oponentes estarão utilizando todo o aprendizado acumulado em anos, às vezes, décadas de dedicação ao Judô, objetivando a obtenção de uma vitória.

Rápidos movimentos antecedendo a aplicação de eficientes técnicas, sejam projeções (tachi-waza) ou luta no solo (katame-waza) irão preencher todo o tempo do enfrentamento até que surja um vencedor.

Embora os olhos dos espectadores estejam sempre dirigidos para os 02 (dois) contedores, o combate em si representa uma pequena parcela de um todo que reúne um grande elenco de colaboradores  operando na retaguarda, dentre eles qualificados industriais, alguns, verdadeiros artesãos, que produzem vestimentas resistentes a puxões executados através de movimentos bruscos e com utilização de muita força, ao atrito com a lona que recobre áreas de luta, e ainda assim, possuidoras de aeração suficiente para permitir que os combatentes possam prosseguir lutando por longos espaços de tempo.   

Interrompo, neste momento, as considerações acima para apresentar a vocês uma grande aliada e parceira de todos nós praticantes de esportes de luta no estado do Rio de Janeiro, no Brasil e no exterior.

Trata-se da senhora Vera Lucia de Freitas Perdomo, conhecida no cenário nacional, simplesmente, como “Verinha”.


Conheci esta grande figura humana a partir de 03/08/1967 na Academia de Judô Augusto Cordeiro então localizada à Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 690/13º andar, Bairro Copacabana, Rio de Janeiro, onde atuava como secretária e também gerente administrativa da marca de Kimonos TIGRE, nela permanecendo até 30/04/1987.

Guerreira que jamais aceitou qualquer revés prosseguiu sua caminhada e já no mês seguinte (maio/1987) encontrava-se na estrada colocando seus serviços em prol do desenvolvimento da indústria de Kimonos TORAH (Rua Tenente Coronel Moniz Aragão 897, Bairro Jacarepaguá, Rio de Janeiro) onde trabalhou até maio/1998.

Queridíssima entre mestres, professores e atletas de todo o país, decidiu, em 18/07/1998, que era chegada a hora de canalizar a grande experiência industrial e comercial que possuía para um empreendimento em que detivesse sua marca e respectivo controle societário.

Com o decisivo apoio das 02 (duas) filhas, Monique e Carla, e dos inúmeros amigos conquistados ao longo de sua estrada da vida  vivenciando o “suave caminho”, dentre eles os respeitados dirigentes e professores Ney Wilson Pereira da Silva e Francisco Grosso,  constituiu uma empresa familiar denominada SEISHIN voltada para a confecção de kimonos, faixas, mochilas, bolsas esportivas e emblemas.

Verinha como faz questão de ser chamada convidou o Professor Petrucio de Queiroz Monteiro e a mim para visitá-la em sua firma.


   

Após nos encontrar na recepção, levou-nos à seção de bordados, ocasião em que apontando para a máquina que produzia símbolos da empresa afirmou emocionada: cada um deles contém um pouco de minha vida profissional.



Em seguida fomos à seção de corte das peças.


Após, nos dirigimos à linha de montagem onde tivemos a oportunidade de ouvir suas explanações sobre os produtos que fabrica, como também conversar com suas bem-humoradas funcionárias.




Comprovamos que Verinha & Filhas colocam, verdadeiramente, “a mão na massa”.


Ficamos tão encantados com tudo que vimos e constatamos naquele local que nos permitimos firmar uma mensagem acompanhada de uma foto-montagem em homenagem àquele grupo composto de valorosas trabalhadores:

“Verinha, os sonhos existem para serem realizados. Parabéns e até às Olimpíadas Rio-2016”.




Autor: Augusto Acioli de Oliveira
Judô Clube Juventude (1964-1971)
3º Dan diplomado pelo prof. Fuyuo Oide da Associação Lapa-Budokan em 25/05/1969
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO JUDÔ NA FORMAÇÃO DE UMA CRIANÇA

(texto reeditado a partir de original publicado, pelo mesmo autor, na revista infantil “O JUDOKA” nº 08, em 01/11/1969 - Editora Brasil-América)


(Foto produzida em 1967 no Judô Clube Juventude, vendo-se à esquerda Erick Acioli Wolff, ao centro Augusto Acioli de Oliveira, então com 22 anos e à direita Percy Acioli Wolff)

De que forma pode a prática do judô influir na formação de uma criança? Como devem os instrutores conduzir os ensinamentos? Quais serão os benefícios finais de todo este trabalho?

Lancei estas 03 (três) questões e passarei a desenvolvê-las por etapas.

Em primeiro lugar deve ser estimulada uma troca de informações entre o professor e os responsáveis pelos infantes, oportunidade em que estes explicarão os objetivos que os levaram a encaminhá-los ao judô, os tipos de reação dos jovens em família, junto a amigos e colegas, seus aproveitamentos escolares, ..., de maneira a possibilitar a identificação do melhor caminho a ser percorrido para ministrar o ensino e o treinamento de um esporte olímpico que possui raízes em uma arte militar japonesa.

As reações do recém-chegado praticante logo às primeiras semanas de treinos permitirão que seu professor desenvolva importantes observações, que se somarão às anteriores informações obtidas junto a familiares.

O simples transitar em uma sala de treino (dojô) desperta no jovem sensações disciplinares não experimentadas, por ele, em outros locais de aprendizado, por uma razão muito simples: os séculos de história, ali presentes, que assistiram à construção e fundamentação de um quadro de valores, em essência, voltado para a formação de destemidos combatentes.

A força da mensagem de um mestre de judô reside no fato de que ele representa, para seus alunos, um símbolo atingível a médio ou a longo prazo, algo bem diverso dos heróis das literaturas em quadrinhos, cuja imagem esfacela-se à medida que os anos passam.

O jovem sabe que a progressiva evolução de faixa consagra o saber já detido por ele, naquele esporte, bem como o estimula a caminhar à frente no sentido de obter sua primeira (entre 10 estágios) graduação de faixa-preta (1º Dan ou sho-dan).

Isto leva as crianças a aceitarem, com convicção,  os ensinamentos técnicos, orientações pessoais e comportamentais que lhes são passados pois firmam, ao longo do tempo, a certeza de que  dedicando-se aos treinos atingirão, também, a tão cobiçada etapa.

Ora, se um professor de judô não se restringe, apenas, a ministrar conceitos de natureza técnica e amplia o foco educacional abordando normas de boa conduta e princípios disciplinares, como deve ser o procedimento da criança na escola, na rua, com os pais, irmãos, amigos, em relação às refeições, etc., ele passa a preencher, verdadeiramente, a razão social que justifica e fortalece sua existência.

No Judô existe uma ordem hierárquica de graduações (faixas) e com isso cria-se um código de respeito mútuo entre os praticantes, algo imprescindível para a formação de uma personalidade cidadã.

As crianças mais graduadas são orientadas e  conscientizadas quanto ao importante papel que representam perante os iniciantes. Com isso, desenvolve-se nestes pequenos atletas a semente de um processo de liderança que irá, progressivamente, evoluir ao longo dos anos.

Deve ser estimulado pelos professores que os alunos mais experientes procurem monitorar e orientar aos mais jovens, no sentido de integrá-los ao grupo a que pertencem.

Isto favorece e fortalece o princípio da identidade, companheirismo, lealdade, a idéia de equipe, desenvolvendo uma alta noção do que seja caráter, disciplina e respeito aos semelhantes.

Com todo este trabalho realizado prepara-se um jovem para as dificuldades que ele irá enfrentar, fora dos tatames, ao longo de sua vida.

Considero o ensino de rolamentos a parte mais importante do judô, para iniciantes ou adultos.

Dentro desta concepção criei uma metodologia própria, adicionando novos movimentos voltados para desenvolver reflexos, maior domínio do corpo quando projetado por adversário, proteção em face de quedas, tropeços ou desequilíbrios em locais públicos, nas residências, etc.

Penso que as competições para crianças podem conter importantes estímulos no sentido de uma formação esportiva, mas não devem representar, necessariamente, o objetivo final a ser proposto por um técnico de judô à faixa etária até os 10 (dez) anos.

Nesta idade tal evento deve estar mais voltado para a recreação infantil.

O risco de uma derrota desestimular um iniciante com futuro promissor é muito grande, principalmente, pelo fato da experiência demonstrar que inúmeras crianças recebem cobranças por vitórias, algumas vezes tão enfáticas que, diante de resultados adversos, passam a sentir-se impotentes, assumindo uma postura retraída que preserve suas imagens perante a família e colegas. Daí, para abandonarem os treinamentos é um passo.

A função de educador é muito mais importante do que aquela decorrente de uma mera e passageira vitória de um aluno em competição.

Todos os instrutores devem incutir nas crianças a idéia de analisarem, avaliarem e corrigirem os erros técnicos cometidos após um resultado adverso, bem como estudar os acertos dos adversários para neutralizá-los em enfrentamentos posteriores.

Cabe aos técnicos orientarem os responsáveis por um judoca, a fim de que procedam de forma semelhante, jamais, através de críticas, punições ou promessas de premiações, para que não o traumatizem com atitudes e palavras desestimulantes, pois com isso - somente -   conseguirão criar intransponíveis obstáculos ao que se propõe o Judô, qual seja uma verdadeira formação física e moral de seus praticantes.


Autor: Augusto Acioli de Oliveira
Judô Clube Juventude (1964-1971)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

HOMENAGEM DA FEDERAÇÃO DE JUDÔ DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – FJERJ

AOS HERÓIS BRASILEIROS NA ANTÁRTICA


Estimados Internautas praticantes de Judô,

Recebemos do amigo e companheiro de tatames, Comandante Hilton Mascarenhas um importante registro.


Comunicou que um dos heróis que lutaram até o fim de suas vidas tentando apagar o incêndio da Base Comandante Ferraz, no continente antártico, foi o então primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, valoroso atleta de competições de judô, civis e militares. 



Ele, o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, da Bahia, que também faleceu e o primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros, do Rio de Janeiro, que sofreu queimaduras nos braços e na mão, precisando ser internado em um hospital, no Chile, com a coragem própria dos heróis tentaram impedir que a vida dos 47 demais colegas que se encontravam em área próxima ao local do sinistro corresse risco maior, bem como salvar um patrimônio material e científico desenvolvido, ao longo de décadas, naquela vastidão gelada e estratégica.

Ambos encontraram a morte na derradeira tentativa de evitar a que a propagação das chamas atingisse os tanques de óleo usados no gerador de energia.


2º Tenente da Marinha Roberto Lopes do Santos (promovido post mortem)

2º Tenente da Marinha  Carlos Alberto Vieira Figueiredo (promovido post mortem)




Primeiro-Sargento Luciano Gomes Medeiros


Não pensaram em outra coisa senão Brasil: esta é a grande e única diferença que separa e qualifica os cidadãos de qualquer nação no exercício de uma função pública.

Roberto Lopes dos Santos foi um antigo membro da Família Judoca da Cidade de Nilópolis, Estado do Rio de Janeiro, tendo integrado a equipe de judô da Marinha do Brasil no período de 1993 a 2003. Pertenceu ao quadro de árbitros da FJERJ.


O Comandante Hilton Mascarenhas e o Professor Paulo Vicente lembraram haver tido o prazer de desfrutarem de sua amizade e companhia em treinos, competições internas e externas, uniformizados com o quimono da Força Naval.

Outros judocas pertencentes à sua constelação de amigos, dentre os quais Fabio Barros, Francisco Arroio, Rubens Penido, Raimundo Faustino, Michelli Lenzi, Fábio Mancha que a ele, carinhosamente, tratavam como "Santinho" encaminharam a este escriba fotos e mensagens para serem divulgadas no universo internet, dentre elas: "Por mais que tentemos externar sentimentos, nunca será o suficiente. Nosso herói de kimono e farda realizou seu último sacrifício e ofereceu a vida no cumprimento do dever".





Todos que ali foram submetidos a tamanha prova de lealdade à terra onde nasceram, estudaram, formaram-se, constituíram família, e lá representavam 193.000.000 de outros concidadãos são merecedores de  respeito e eterna gratidão.

O Judô do Estado do Rio de Janeiro pode orgulhar-se de haver tido entre os seus praticantes o valoroso judoca Roberto Lopes dos Santos um cidadão que permanecerá para sempre na mente de todos aqueles que praticam os ensinamentos originários de uma arte militar que evoluiu ao nível de um esporte olímpico.


Os restos mortais destes bravos militares chegaram à Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, às 09h00, desta data. Pelo cerimonial de honras militares, a ambos concedidas, estiveram presentes o vice-presidente da República, Deputado Federal Michel Temer, e o Ministro da Defesa Embaixador Celso Amorim.




Por meio de portaria, o Comando da Marinha promoveu, a partir de hoje, dia 28/02/2012, o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo ao posto de segundo-tenente.

Cliquem no atalho, a seguir, e assistam ao vídeo apresentando a Base Antártica Comandante Ferraz. O trabalho é musicado e foi escolhido para lembrar, com reverência e alegria, 02 (dois) brasileiros que não pensaram 02 (duas) vezes em derramar o sangue em defesa do que entendemos denominar-se PÁTRIA.

http://youtu.be/1mVXbHcuMuY

Autor: Augusto Acioli de Oliveira
Judô Clube Juventude (1964-1971)
3º Dan diplomado pelo prof. Fuyuo Oide da Associação Lapa-Budokan em 25/05/1969
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