CENTRO DE
TREINAMENTO
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Ao decidir
escrever sobre esta que é a maior realização já executada por dirigentes
de esporte amador no Estado do Rio de Janeiro que jamais desistiram de
perseguir uma chama de esperança durante 54 (cinqüenta e quatro) anos, e ao
longo de gerações de mestres, professores, monitores, atletas, seus familiares
e o grande público, tive em mente enfatizar junto aos internautas leitores que
todos os sonhos legítimos são possíveis de transformarem-se em realidade.
Para não correr o risco de esquecer qualquer nome dentre aqueles que, direta ou indiretamente, foram responsáveis pelo sucesso de tão grandiosa e benemérita missão, afirmarei, apenas, que todos os que mentalizaram, de forma positiva e construtiva, para que o Centro de Treinamento da FJERJ se tornasse uma realidade estadual, nacional e internacional são merecedores do respeito e reverência reservados aos que pensam grande e honram sua nacionalidade em todos os segmentos da sociedade brasileira onde atuam.
Nossa história tem início em uma antiga edificação existente na Praia do Flamengo nºs 66/68, Bairro Flamengo, Cidade do Rio de Janeiro, que servia de garagem de barcos da equipe de remo do Clube de Regatas do Flamengo, bem como palco de concorridos bailes de carnaval e de formatura, além de inesquecíveis competições de Judô.
Clube de Regatas do Flamengo
Estou me referindo à famosa Sede Velha do Clube de Regatas
do Flamengo, cenário - durante as décadas de 50 e 60 - de memoráveis
competições de Judô com a participação de atletas brasileiros campeões
panamericanos, sul-americanos, nacionais, estaduais, etc.
No centro do Salão existente no 2º andar (vazado para o piso
superior) era montada 01 (uma) área de luta, com o público sentado ao seu redor
ou nas cadeiras localizadas no 3º andar.
Luiz Alberto Gama de Mendonça, Shunji Hinata, Rudolf de
Otero Hermanny, Harry Rutman, Georges Kastriget Mehdi, Luiz Raimundo Machado
"21", Osmar Vieira, Roberto Davi, Andras Vasarhelyi, Benedito Gomes,
Carlos Bartolomeu Cavalcanti, Massamitus Togashi, Helcio Gama, Ítalo de Poli,
Alípio Amaral, Enzo Confetura, Angelo Antonio Guerra Póvoa
"Presunto", Shozi Tiba, Silvino
Vieira, Antonio Kroft, Antonio
Afonso Alves, José de Almeida (ACM), Newton Kleber de Thuin, Eduardo Antonio
Kalache, Paulo Servo Costa, João
Graff, Pedro Teixeira Campos, Terezoni Nazaré, Valter Tourinho, Francisco
Gomes da Silva, Raimundo João Gama, João Mendes, Nilo Alves Tiburtino,
Washington Cerqueira Lima, João Cândido de Oliveira, Francisco
Catarino, Oswaldo Alves de Albuquerque, João Batista de Mello, Hugo Melo da Silva, Ricardo Boanerges de
Siqueira, Wilson Schramm de Oliveira "Passarito", Rubem
Bogossian, Roberto Ebert, Hélio Capeluto, Francisco Dantas da Silva,
Eduardo Moreno, Jorge França, Oswaldo Simon, Isidoro Raposo, Helio
Marques, Frederico Reichler, bem como outros atletas formados pelos professores
Augusto de Oliveira Cordeiro, Haroldo Britto e Leopoldo de Lucca, Antonio
Vieira da Silva, Raimundo Faustino Sobrinho, Avany
Nunes Magalhães, Yoshimasa
Nagashima, Massame Oguino, Theóphanes Mesquita, Takeshi Ueda, Enir Vaccari
e Tokio Mao foram alguns dos que lá participaram de renhidos combates.
O Judô do Estado do Rio de Janeiro deve
agradecimento eterno ao Clube de Regatas do Flamengo que sempre cedeu suas
instalações, a custo zero, na então denominada Sede Velha para tornar possível
a realização de décadas de torneios. As imagens, a seguir, permitirão aos
leitores imaginarem o clima em que ocorriam aquelas disputas, bem como conhecer
um mínimo do interior daquele prédio.
Com a venda daquele imóvel para uma construtora, o Judô do
Rio de Janeiro perdeu um espaço tradicional e quase que garantido para suas
competições.
Seus dirigentes que já administravam um esporte sem
recursos, Entidade e/ou Sede Social próprias visto estar vinculado à Federação
Carioca de Pugilismo, passaram a desenvolver um esforço ainda maior para
conseguirem viabilizar e realizar, daí para frente, os calendários anuais.
Não fosse a compreensão, apoio, boa-vontade, generosidade e
elevado espírito comunitário de solidários diretores de Clubes, Associações,
Universidades, Escolas, tais como: Tijuca Tênis Clube, Universidade Gama Filho,
Escola Nacional de Educação Física e Desportos - ENEFD da Universidade do
Brasil, Escola de Educação Física do Exército, Satélite Clube, Montanha Clube,
Assoc. Atlética Banco do Brasil, Assoc. Func. da Souza Cruz, Pontifícia
Universidade Católica - PUC, Clube Monte Sinai, Clube Municipal, Clube Monte
Líbano, Clube Sírio Libanês, Clube de Regatas Vasco da Gama, Botafogo de Futebol
e Regatas, Clube Naval Piraquê, Clube de Regatas Gragoatá, Ginásio Caio
Martins, Colégio Franco-Brasileiro, Icaraí Praia Clube, dentre outros, o Judô
competitivo do Rio de Janeiro, fora das academias e Judô-Clubes, não teria
evoluído e alcançado o estágio em que ora se encontra.
Sou testemunha das inúmeras vezes em que após conseguirmos
obter, no começo de cada ano, cessões não onerosas de espaços para os nossos
torneios, éramos informados, alguns meses após, que tais empréstimos não seriam
possíveis e que deveríamos procurar outros espaços para aquelas datas já
agendadas.
A Fundação da Federação Guanabarina de Judô no dia
09/08/1962, (sucedida pela atual Federação de Judô do Estado do Rio de
Janeiro), bem como a compra de sua primeira sede própria (Avenida Presidente
Vargas, nº. 590, 20º andar, grupo 2.005, Centro, Rio de Janeiro) - negócio
somente possível através de recursos doados por professores e praticantes que
se transformaram em
Sócios
Beneméritos (Pessoas
Físicas) e em
Sócios Benfeitores (Judô-Clubes, Academias e Associações) - foram as primeiras demonstrações efetivas de que o Judô Carioca seria
capaz de se unir para superar dificuldades, adversidades e diferenças pessoais,
momentâneas ou não, em prol do bem comum.
Os sucessivos administradores com muita determinação e zelo
pelo Judô conseguiram manter a chama federativa acesa, porém, o nosso grande
sonho, um Centro de Treinamento que permitisse romper os grilhões que nos
mantinham reféns e dependentes de favores de terceiros, eliminar a imagem de
pouca representatividade em relação a nossos pares nacionais e internacionais
e, acima de tudo, demonstrar aos praticantes que eles passariam a ter um espaço
institucional de qualidade e com dimensões compatíveis com a grandeza do
esporte por nós cultuado como arte e filosofia de vida, permanecia inatingível.
Dia 04/10/2008
O sucesso, que sempre acaba encontrando e premiando aqueles
que possuem um norte próprio, não mais se escondeu da FJERJ e nesse dia
inesquecível brindou a entidade com a cerimônia de assinatura da cessão de um
ginásio situado em área militar, com transporte público e estação ferroviária à
porta, para ali ser, finalmente, iniciada a construção e materializado o
projeto de um CENTRO DE TREINAMENTO DE JUDÔ.
Esse primeiro e fundamental passo somente foi possível pelo
engajamento, dedicação e zelo de mestres e professores do Judô Estadual que,
embora sequer mencionem o fato, foram os responsáveis pela aproximação dos
representantes da FJERJ com autoridades do poder público e, após muito
trabalho, determinação e persistência conseguiram viabilizar uma exitosa
parceria entre o Ministério da Defesa através do Clube do Círculo Militar
(CMVM), a Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro (FJERJ) e a Secretaria
de Esporte de Alto Rendimento do Ministério de Esporte.
06/12/2009
Data da inauguração do CENTRO DE TREINAMENTO DA FJERJ,
sito à Estrada São Pedro
de Alcântara, 2020, Vila Militar, Bairro Deodoro, Rio de Janeiro, RJ., Cep
21610-000;
Logística
- Possui uma parada ferroviária fronteira ao endereço:
Estação da Vila Militar;
- É atendido por diversas linhas de ônibus;
- Conta com amplo e policiado estacionamento com capacidade
para 300 (trezentos)
veículos;
- Encontra-se em uma área que será cenário de inúmeras
programações durante os
Jogos Olímpicos de 2016.
Facilidades
- Permite a recepção de um público sentado de 1.200 (mil e
duzentos) espectadores, já tendo recebido, em diversas ocasiões, um número de
circulantes superior a 2.500 (dois mil e quinhentos) entre atletas, familiares e visitantes, árbitros, funcionários,
colaboradores, etc.;
- Dispõe de 06 (seis) áreas de luta;
- 450 (quatrocentos e cinqüenta) tatames próprios;
- Vestiários, salas de pesagem, reunião, departamento
técnico, departamento médico, área de concentração para atletas, banheiros
públicos e amplos espaços para guarda de bens patrimoniais e serviços gerais.
UM POUCO DE NOSSA MEMÓRIA RECENTE
Finalizo, enfatizando serem merecedores de
nosso entusiasmo os mestres, professores, monitores, praticantes e seus
familiares, árbitros, mesários, funcionários, pessoal de apoio, o expressivo
público que prestigia as competições, e todas as autoridades que caminhando ao
lado da FJERJ estimularam e tornaram possível a materialização de um sonho de
54 (cinqüenta e quatro) anos: o projeto de Construção do Centro de Treinamento
da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro, importante referência junto
aos demais entes federativos no Brasil e no Exterior.
Autor:
Augusto Acioli de Oliveira
Judô Clube Juventude (1964-1971)
3º Dan diplomado pelo Prof. Fuyuo Oide da Associação Lapa-Budokan em 25/05/1969
http://judoclubejuventude.blogspot.com
Judô Clube Juventude (1964-1971)
3º Dan diplomado pelo Prof. Fuyuo Oide da Associação Lapa-Budokan em 25/05/1969
http://judoclubejuventude.blogspot.com
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